Claro, guardadas as devidas proporções, mas, no fritar dos ovos, é muito semelhante. A grande diferença é que, além do prefeito, outros têm obrigação de ajudar a administrar (vice-prefeito, secretários, vereadores, etc.), todos os que pagamos com nosso dinheiro e que devem trabalhar em equipe pelo bem comum de seus clientes (a população).


As tomadas de decisões como ocorrem nas organizações devem ser rápidas, especialmente as mais simples, pois implicam em manter a cidade saudável e sempre crescendo, gerando empregos e riquezas e, no final, garantindo que não tenha déficit (prejuízos). Como uma organização vende ou presta serviços para receber de seus clientes, a prefeitura recebe recursos através de impostos e contribuições dos munícipes, e muitos outros vindos de transferências intergovernamentais, instituições privadas, convênios, receitas com dívidas ativas, imobiliárias, etc. E se você quiser conhecer os valores que entram e saem de nossa cidade, acesse: www.jau.sp.gov.br/balancos_anuais. Vale muito a pena!

Com os resultados das vendas e prestação de serviços, as organizações investem em seus empregados, adquirem mercadorias, pagam suas contas, geram novas riquezas e benefícios aos colaboradores e suas famílias, assim como a prefeitura deve organizar-se e investir em obras públicas, saúde, educação, segurança, lagos, praças e parques, e especialmente na manutenção do que já existe ou existia antes de tomarem posse. Ah... e o município ainda pode pedir mais recursos junto aos governos estadual e federal, se precisar. Claro, às vezes o empenho deverá ser maior, mas pode e deve.

Os clientes das organizações, em troca pelo que pagam, exigem respeito, bom atendimento, qualidade nos produtos e nos serviços que foram prestados para que possam continuar comprando. Na cidade, os cidadãos também devem exigir o que é prometido antes da eleição, tais como: implantação de UPAS, universidades, novas empresas e investidores, limpeza das vias públicas, cidade digital, monitoramento por câmeras e semáforos de última geração e outras tantas obras que seriam de extrema importância para a cidade, não é mesmo?

Quando os clientes chegam nas organizações, eles procuram sempre uma placa, um luminoso ou a fachada para identificá-la e ter certeza que estão no lugar correto, e quando chegamos em uma cidade é a mesma coisa: observamos o nome dela, que geralmente fica na entrada. Temos exemplos de cidades vizinhas que possuem isso: Bocaina, Brotas, Barra Bonita, Torrinha, Itapuí, Dois Córregos... caramba! Jaú não tem nem um peixinho para nos identificar! E não é por falta de entradas, heim! Isso chama-se propaganda. É dizer para quem chega ou passa aqui ao nosso lado: Olha, nós existimos!

Nas organizações, quando os clientes entram, é imprescindível que encontrem o prédio limpo, organizado e o mais agradável possível. Com a cidade é a mesma coisa: as vias devem estar limpas, conservadas, sinalizadas e sem buracos (me lembrei que há mais de 15 anos uma sobrinha, que morava em Portugal, comparou Jaú com a Europa de tanto que gostou do asfaltamento e da limpeza das vias). Tenho saudades de quando íamos ao parquinho da Santa Casa e, apesar da simplicidade, era muito bonito; aos domingos havia pipoqueiros, sorveteiros, caldo de cana e muita gente; as famílias levavam seus filhos para passear com segurança e podiam brincar sem risco algum.

Bem, como em uma organização os clientes devem cobrar pelo que estão adquirindo, você está cobrando da prefeitura o que estão lhe oferecendo em retorno ao que está pagando?